30 dezembro, 2009

Eu sentirei falta do meu amigo 2009

É, 2009... Sentirei saudades de você. Logo você, que foi tão bom comigo, em quase todos os momentos, terá que partir de uma forma tão inesperada? Inesperada porque de sopetão eu acordei para o fato de que o ano já estava terminando. Na verdade o fim do ano é uma data muito significativa, pelo menos por aqui. Eu passo horas pensando sobre o que passou e o uqe poderá vir. Não perco tempo pensando em como deveria ter sido isso e aquilo, afinal, já passou, né? Pra que remoer? E também não fico pensando "nossa, será que vai acontecer isso e aquilo"? Pra que? O que tiver que acontecer, vai acontecer. Eu prefiro refletir sobre o presente. O presente bruto e límpido. Isso inclui o que eu fiz para estar como estou hoje, e o que acontecerá se eu continuar como estou hoje. Assim fica mais simples e preciso o futuro.
Mas na verdade o futuro é incerto demais para alguém se dar ao luxo de tentar saber o que ele reserva. Imagina eu, que mal sei pensar logicamente. Eu acho outra perda de tempo ficar pensando demais sobre pensar ou não no futuro. Na verdade, eu descobri com 2009 que pensar demais não adianta, agir adianta. Um pouco de sorte e bons fluidos universais também ajudam, mas isso não é mais comigo; isso eu deixo pros meus colegas do outro plano.
O fato é que 2009 foi um pequeno grande ano. Foi grande em quesitos, como conquistas, economia e amizade. Mas foi pequeno como amor e amizade. Eu queria ter visto mais pessoas que gosto. Queria ter visto menos quem não gosto. Mas infelizmente por conta da minha indisciplina não deu. Fica para o próximo ano. Se 2009 foi tão bom assim comigo, que 2010 seja como Lula após FHC: seguindo o mesmo caminho.
Deixo então uma pequena mensagem para quem lê. Como bem disse Shakespeare,
A dúvidas são traidoras e fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. Em 2010, vá mais longe do que você imaginou que poderia ir. Vale a pena.

A música de 2009:

Copacabana Club
Just Do It (tradução)
Você pode fazer uma música, cozinhar sua comida
Limpar sua casa, usar uma tanga
Ser tão rude, ou beijar minha boca.
Você pode furar seu nariz ou costurar suas roupas
Dançar sozinho ou fazer alguns amigos
Formar uma banda ou cantar junto.

Você pode mudar seu cabelo, sua casa, sua vida.
Você pode mudar seu sexo, seus amigos, sua esposa.
Você pode mudar seus tênis, suas calças, seu estilo.
Você mudar sua cara, seus peitos, seu sorriso.

Apenas porque você quer isto
porque você gosta disto, 
porque você quer isto,
não porque você viu.

Apenas mude porque você quer.
porque você gosta,porque você sente.
Apenas mude
Mas não porque você viu isto.

10 dezembro, 2009

A merda sobre a merda

Lula, em passagem por São Luis, disse:
"Eu não quero saber se o João Castelo é do PSDB. Se o outro é do PFL. Eu não quero saber se é do PT. Eu quero é saber se o povo está na merda e eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra."

A resposta é simples. Está sim, presidente.
Nunca na história deste país um presidente foi tão verdadeiro em suas colocações quanto Lula foi no Maranhão. Verdadeiro porque, no auge de sua imensa analfabetização, disse que "o bicho vai pegar" aqui na nossa pobre (em qual sentido?) capital. E disse também a frase acima.
O que quase ninguém vai ter coragem de noticiar é que as manifestações do povo foram abafadas. O PAC Rio Anil é repleto de irregularidades,  mutretas, e nuances corruptas. Não sou eu quem diz, são os jornais. Em protesto a isso, o povo pensou em aclamar por visibilidade para o presidente, mas as outras autoridades presentes impuseram a impedimentação.

Lula disse que queria saber se o povo estava na merda. Será se ele saiu daqui sabendo?

Por via das dúvidas, não deixou de tornar pública a diminuta figura eleitoral da tão vigorosa ministra Dilma Rousseff. E prometeu até 1 bi em investimentos! Se ele não tivesse feito essas duas coisas, sua passagem por aqui não estaria completa.

.

08 dezembro, 2009

O dia em que meu relógio parou

Quando eu acordei hoje, o meu relógio estava marcando 13:35. Até aí, tudo bem. Me levantei, tomei suco com panetone, tomei banho, almocei (sim, eu tomo café e almoço juntos), e voltei pro quarto. O relógio ainda estava marcando 13:35. Isso me fez pensar: simbolicamente estático, se meu relógio parar, o que eu gostaria de estar fazendo naquele momento?
Trabalhando talvez. Quem sabe eu gostaria que o tempo parasse enquanto eu faço algo que me é prazeroso e útil a outros também, como meu trabalho. Será que isso é um bom momento para parar o tempo?
Ou me divertindo, talvez. Eu poderia querer parar o tempo enquanto  faço algo que pode ser considerado o ápice de todos os fins das atividades: o bem-estar próprio simples e conciso.
 E o Brasil? Será que valeria a pena parar o tempo e registrar um momento como uma eleição, por exemplo? A eleição no Brasil foi conquistada a duras penas, e mantida a  mais duras penas ainda. Pode ser considerado, inclusive, um diferencial brasileiro em relação ào países vizinhos, não pode? Em contrapartida, hoje apanha a duras marteladas. É refém da propaganda política (explícita e implícita). É refém da dominação doutrinatória imposta pela indústria do analfabetismo crítico de 90% dos brasileiros. Ou poderia ser o Movimento dos Caras Pintadas, o último momento que demonstrou o verdadeiro poder que o povo brasileiro possui sobre quem o tenta controlar. Mas que fique claro que, até o momento, foi o último. O povo foi enganado e amordaçado pelo próprio governante a quem confiou todas as suas esperanças. O Brasil tem essa característica irritante: ao se lembrar positivamente sobre um momento, vem automaticamente o contexto negativo em que ele estava inserido, ou foi precedido.
Para o Maranhão, eu nem sei. Tentei pensar em um momento digno de parar o tempo e apreciar, mas não pensei em nada. Só no célebre dia em que os estudantes apanharam da polícia quando Joao Castelo governada o estado. Mas preferi não cogitar parar este momento. Correndo, o tempo mostra muito mais do que este simples dia.
São Luis, então, esta mesma não me enviou momentos memoráveis. Quer dizer, convenhamos, a cidade não vivenciou grandes momentos nos últimos anos. A morosidade, a calma e tranquilidade, a apatia característica de São Luis até intrigam.
Frente a tudo isso, só o que me resta é pensar sobre mim mesmo. Decidi que poderia parar o tempo enquanto tenho o meu sono. Assim fico imparcial em relação aos momentos.
E a conclusão sobre tudo isso? Como já dizia Cazuza, não adianta pensar sobre isso. O tempo não para. Ainda bem.

03 dezembro, 2009

Carta a Ronnald Kelps sobre o cinema


Ronnald Kelps, em seu blog, comentou sobre a importância e os objetivos do projeto/evento Maranhão na Tela, uma mostra de cinema brasileiro fora do circuito comercial, totalmente gratuita, que ocorre em diversos pontos da cidade. Segundo ele, "O principal objetivo – além de contribuir para a difusão do cinema brasileiro – é formar uma platéia critica e sensibilizada para produção, a partir da apresentação de novas referências e da troca entre o público e os realizadores."


Caro Poeta Kelps, concordo totalmente que o público maranhense precisa de (na verdade grita por) mais criticidade e criatividade na produção e análise cinematográfica. Mas o que mata o projeto do Maranhão Na Tela é que os organizadores simplesmente lançaram o projeto, esperando que os maranhenses o aproveitassem. Não aproveitam. Hoje fui fazer a cobertura para o jornal impresso do evento na sede de O IMPARCIAL. Estava sendo exibido lá um ótimo filme sobre Jards Macalé, que confesso não o conhecer, mas adorei sua história. Sabe quantas pessoas tinham ali além de mim? 4. Isso atinge o objetivo do evento? Não.
É preciso ter um impulso propagandístico, um tipo de "dominação" ideológica para que a população entenda o quanto o cinema é construtivo. Em vez de faze-lo, fazem para coisas como Bumba Ilha e Marafolia. Você sabe que há um discurso doutrinatório conduzido pela mídia para levar o povo a esses lugares. O maranhense se acostumou a estar suscetível a essas doutrinações midiáticas, e fica de olho fechado para o que foge disso. O mesmo ocorre com os shows e mostras culturais pela cidade. Muito me entristece, quando visito Curitiba, São Paulo ou Brasília, que o Maranhão seja tão rico culturalmente quanto esses lugares (ou mais) e esteja jogando essa cultura no lixo, não a incentivando como deveria.
Não estou dizendo que foi um erro a "não-doutrinação". Em parte é culpa do hábito maranhense de consumir o imprestável. Mas em parte é pelo meio social que o estado possui historicamente: há anos o estado é negligenciado por parte dos circuitos culturais nacionais. Raramente temos aqui peças teatrais e shows nacionais. Só temos bandas de axé, forró e reggae circulando pelo meio "cultural". O que resulta nisso: quando a cultura vem, ninguém a reconhece como o tal.
Não estou aqui para menosprezar o maranhense, até porque o sou. Só digo o que eu vejo e percebo. O Maranhão só não cresce mais, culturalmente, por causa de seu povo.

A situação é crítica.

13 novembro, 2009

2012 catástrofes

O diretor Roland Emmerich é um veterano em filmes de hecatombes planetárias. No seu currículo constam os sucessos  Independence Day, O Dia Depois de Amanhã e o clássico do cinema trash Godzilla. Nada demais, afinal o ser humano tem esse apreço pela "justiça divina", pelas hipóteses de apocalípse. Mas a vasta experiência em filmes de ação do diretor parece não ter lhe ensinado a lição. Se o mundo estivesse acabando, provavelmente um prédio desabaria em você, e pronto. O cinema, ao contrário, dá ao espectador uma espécie de "visão divina" da questão. Emmerich teve nas mãos todas as ferramentas para um filme-catástrofe perfeito. Por um infeliz desconhecido motivo, não o fez.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que aquele que vai a um filme-catástrofe normalmente espera ver uma catástrofe. Espera ver cenas de ação bem-feitas, sequencias eletrizantes de efeitos especiais e, acima de tudo, espera ser impressionado. Quando se assiste ao trailler de 2012, se vê a seguinte cena: um monge corre por quilômetros na muralha da China até uma choupana para soar um aviso, mas descobre que é tarde demais, e uma onda gigantesca cobre as montanhas de mais de 8 mil metros, estraçalhando a choupana. Como essa, todas as outras cenas do trailer mostram lugares famosos em pedaços e os desastres mais improvaveis acontecendo. Seria animador, se todas as cenas de ação não estivessem reduzidas ao que se vê no trailer.
Emmerich em uma entrevista a um jornal americano, disse que pretendia não fazer mais um filme de catástrofe, mas uma uma espécie de Arca de Noé futurista. Ao que parece, partindo desse preceito, o diretor enrolou na história uma série de tramas dramáticos totalmente desnecessários. No filme, um cachorrinho se salva, o presidente americano (que é mostrado como uma pessoa perfeita) não quer dizer à filha que não se salvará com ela, o mocinho discute a relação com a mocinha, o bandido descobre a redenção. É óbvio que tem que ter um enredo, com personagens que conduzam o espectador pela história. Mas em plena ação, uma cena de sentimentalismo. Dá a impressão de ser a materialização do famoso clichê de "encher linguiça", da forma mais pura e simples.
No filme, um cinetista na Índia descobre que explosões solares culminarão no fim do planeta. Então uma organização superpoderosa trata de salvar todos os monumentos e objetos importantes, como a Mona Lisa. No meio disso, o escritor Jackson Curtis está divorciado e com seus filhos morando com a ex-mulher. Após pesquisar sobre o fim do mundo, ele acredita que este será em 2012. Quando chega a "data final", o mundo começa realmente a desmoronar e inicia-se então uma caçada pela sobrevivência. Ele pega os filhos e a ex-mulher e fogem, não conseguem vaga em um avião, mas conseguem outro. O namorado da ex-mulher precisa servir de co-piloto. Eles chegam à China, tentam entrar em uma barca para se salvar, mas não há vagas. A mãe então oferece sua vida para salvar a de seus filhos, mas todos acabam entrando.O mesmo enredo de Guerra dos Mundos (2005). Esse enredo já está tão comum, tão batido, que os roteiristas parece nem se darem mais ao trabalho de reler o que escrevem.
Jackson Curtis é interpretado pelo John Cusack, famoso pelas interpretações em filmes de comédia como Os Queridinhos da América. Não só ele como a Amanda Peet, que interpreta sua ex-mulher, demonstram terem levado as fracas interpretações na comédia para a ação. As cenas de romance não colam, e os atores não demonstram toda a sintonia necessária para sustentar o enredo.
No saldo final, todas as boas cenas de ação, aquelas que atraíram os espectadores, são encobertas por essas cenas de historinha pessoal que todo mundo já viu. E com elas, enrola-se, e enrola-se e enrola-se, até o desfecho final. Na hora de reacender as luzes, pode-se pensar: o filme acaba não sendo nem romântico, nem eletrizante. Nem pau, nem pedra. Pelo menos para Roland Emmerich e seus filmes apocalípticos, será o fim do caminho.

08 novembro, 2009

Manipulação Politica ou irresponsabilidade?




Veja uma das questões da prova de Comunicação do Enade, realizado hoje em todo o país. A resposta considerada certa corresponde à letra C. Menos mal.

O ruim: escreveram errado o nome do presidente. O Luiz de Lula é com Z.

Texto: Ricardo Noblat
Foto: http://twitter.com/andreacozzolino

03 novembro, 2009

Fato notável



Qual dos dois tá mais certo? O Lula versão 2009, ou o Lula versão 2000?

02 novembro, 2009

Metáfora da Política, parte 2


A criminalidade toma conta da cidade e a sociedade põe a culpa nas autoridades. O cacique oficial viajou pro Pantanal, porque aqui a violência tá demais. E lá encontrou um velho índio que usava um fio dental e fumava um cachimbo da paz. O presidente deu um tapa no cachimbo, e na hora de voltar pra capital ficou com preguiça, trocou seu paletó pelo fio dental e nomeou o velho índio pra ministro da justiça. E o novo ministro chegando na cidade, achou aquela tribo violenta demais. Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades, e chamou a TV e os jornais, e disse: "Índio chegou trazendo novidade. Índio trouxe cachimbo da paz”. Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta: dizem que é do bom, dizem que não presta. Querem proibir, querem liberar, e a polêmica chegou até o congresso. Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência, porque não é Hollywood mas é o sucesso. O cachimbo da paz deixou o povo mais tranqüilo, mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos. E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva, prometeu voltar com uma tonelada. Só que quando ele voltou, "sujou"! A polícia federal preparou uma cilada. "O cachimbo da paz foi proibido,entra na caçamba, vagabundo! Vamô pra DP! Ê êê! Índio tá fudido porque lá o pau Vai comer!" Na delegacia só tinha viciado e delinquente. Cada um com um vício e um caso diferente. Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele não vendia pinga fiado, e um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travesti, e assassinou o coitado. Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta e ela foi seqüestrada. Era tanta ocorrência, tanta violência, que o índio não tava entendendo nada. Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento e acendeu um "da paz" pra relaxar. Mas quando foi dar um tapinha, levou um tapão violento e um chute naquele lugar. Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um acidente provocado por excesso de cerveja: uma jovem que bebeu demais atropelou am padre e os noivos na porta da igreja. E pro índio nada mais faz sentido, com tantas drogas porque só o seu cachimbo é proibido? Na penitenciária o "índio fora da lei" conheceu os criminosos de verdade. Entrando, saindo e voltando cada vez mais perigosos pra sociedade. “Aí, cumpádi, tá rolando um sorteio na prisão pra reduzir a superlotação. Todo mês alguns presos tem que ser executados, e o índio dessa vez foi um dos sorteados. E tentou acalmar os outros presos: "Peraí..., vamô fumar um cachimbinho da paz". Eles começaram a rir e espancaram o velho índio até não poder mais. E antes de morrer ele pensou: "Essa tribo é atrasada demais. Eles querem acabar com a violência, mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz". E o cachimbo do índio continua proibido, mas se você quer comprar é mais fácil que pão. Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram o velho índio na prisão.

Essa música foi lançada em 1997.
Doze anos depois, a história se mantém idênticamente repetida. Todo dia. E a culpa, de quem é?

30 outubro, 2009

Daniel voltou das férias


Bom, eu estava de férias. Por que os blogueiros também não podem tirar férias? Afinal, pensar em assuntos e assuntos para tratar aqui é um trabalho e tanto. Ora tem muita coisa, ora tem pouca coisa... Bom, eu resolvi tirar férias da minha atividade intelectual cibernética porque já tava me irritando. Eu confesso que descobri dois fios de cabelo branco na cabeça (se é que isso é possível, pela cor do meu cabelo) por causa do blog. É verdade! Sabe, enquanto eu escrevia aqui, vinha aquela ânsia, aquela irritação, porque tem tanta coisa errada, e a gente quer sacudir as pessoas pra gritar "presta atenção, caral**", mas aí vem o pensamento que isso não surtiria efeito, e aí vem a ânsia por descobrir o que faria efeito, e mais ânsia por descobrir que nada faria efeito, e isso causa mais ânsia... Quer saber, tirei férias. Férias mesmo.

E pra comemorar, vim descontar a minha irritabilidade aqui. Primeira coisa irritante: as pessoas pergutando porque eu estou irritado. Caramba, isso irrita MUITO. na verdade, eu odeio que me perguntem qualquer coisa na hora da irritação.

E outra: passarinho de manhã, cantando na janela quando eu quero dormir. Não sei se isso vai parecer muito Fernanda Young, mas pô, Fernando de Noronha tá aí pra isso né? Larguem da minha janela!

Sabe o que é pior que isso? Quando vc tá com pressa, e vai fazer login em um site, e digita alguma coisa errada, e ele não faz o login. Nossa, acho que qualquer site deveria ter o dispositivo de login automático, porque isso é realmente MUITO irritante. Outra coisa que irrita também é formiga no açucareiro. Outro dia eu cheguei bêbado, fui fazer um café amargo com açúcar, daí deixei a tampa do açucareiro entreaberta e as formigas tomaram conta no dia seguinte. E po, o que eu faço com todo aquele açucar?!

Mas fazendo esse texto, sabe uma coisa que eu acabei de descobrir que irrita mais que tudo isso? A inércia do brasileiro. Pensando bem, se eu me mexesse um pouco mais, eu poderia impedir essas coisas irritantes descritas acima. Mas o brasileiro tem uma coisa grudada nas costas, tipo uma âncora, que puxa ele pra baixo e impede que ele se levante e tire as formigas do açucareiro, ou tire o passarinho da janela. Ele convive melhor aprendendo a lidar com o que não gosta.

Isso já começa a dar sinais de insalubridade mental para os blogueiros. Qualquer dia eu mudo de hobbie, e volto a falar de cultura. Mas fica a dica.

14 outubro, 2009

Ensaio sobre o cinema brasileiro

O cinema brasileiro sofre um grande dilema. Eu particularmente acredito que esse dilema é causado pela dualidade, pela indecisão de preferência do público brasileiro.

Explico. Eu chamo de dualidade a seguinte questão: o cinema brasileiro deve se moldar, se reinventar, nos moldes estrangeiros (já que são esses que atraem público significativo ao cinema) ou o cinema brasileiro deve criar uma linguagem própria? O que se tem visto é que alguns filmes brasileiros tentam (em vão) plagiar o formato americao ou europeu, só que esse formato não condiz com a real cultura brasileira. O formato estrangeiro meio que torna o que é mostrado irreal, quando inserido no contexto de Brasil. Por outro lado, alguns diretores conseguiram transformar esse formato estrangeiro de forma que parecesse irreal mesmo, só que o filme admite isso. Admitido, passa a usar de outros artifícios para entreter a platéia, como o humor ou o escárnio - e tem se dado muito bem nisso.

Agora, outro ponto: alguns diretores conseguiram lapidar o formato brasileiro de forma que passou a ser uma coisa única, nova, interessante. Chama a atenção do espectador justamente por ser algo que foge do nosso senso comum cinematográfico, e convida quem assiste a participar dessa inovação. Tropa de Elite, apesar de todos os pesares, realizou essa proeza. Só que ela é para poucos. Há diretores que não conseguem dar esse mesmo tom ao filme, e acaba se tornando um daqueles clichês brasileiros - favela, nordeste ou classe média carioca.

Os principais diretores brasileiros já tomaram suas posições quanto ao formato que utilizarão. Fernando Meirelles, por exemplo, é um dos fundadores da vertente nacional americana que deu certo. Porém, seu gosto oscila. Alguns filmes em tons estrangeiros foram um tremendo sucesso. Outros filmes, já com tons brasileiros, caíram na mesmice. Quando ele tentou chegar ao bom tom brasileiro, como em "À Deriva", que co-produziu juntamente com Heitor Dhalia, aumentou demais seu calibre e causou uma distorção: o filme se torna confuso à primeira vista, o que afasta o espectador comum. Já Daniel Filho, diretor de Se Eu Fosse Você, abraçou o formato brasileiro e fez dele uma grande atração, talvez pelos anos que tenha passado na televisão. A verdade é que o formato brasileiro ainda é muito ligado ao formato televisivo. Digo melhor: o público brasileiro é muito televisivo. Não estou aqui para dizer se isso é bom ou ruim, mas é um fato notável. Cabe aos diretores e produtores tomarem sua decisão: arriscarão no escuro com um formato nacional, ou um formato estrangeiro?

Por que eu estou escrevendo este texto afinal? Bom, acabei de assistir o Salve Geral, filme de Sérgio Rezende. E é uma descepção. Mais um filme que tenta ficar na corda-bamba e acaba capengando. Salve Geral trata do desenrolar do dia em que São Paulo parou, quando a facção criminosa PCC ameaçou as autoridades queimando ônibus, carros, atirando em bancos, repartições públicas, etc. Uma espécie de Carandiru paulista.

 Então me veio a cabeça: por que há essa deformação do que tem tudo para ser bom? A melhor resposta para a minha resposta eu tentei resumir acima. Você tem outra para me ajudar?

07 outubro, 2009

Lula, não custa parar e pensar

Faz tempo que eu não posto aqui, não é por falta de tempo ou coisa parecida. É por falta de assunto mesmo! A política tem estado muito fria ultimamente. O que eu poderia falar, além do fato de que um louco esquerdista se empoleirou na embaixada brasileira, burlou todas as leis da diplomacia internacional, e o Brasil o apóia como se tivesse protegendo um grande aliado político? A verdade é que o Brasil anda cometendo erro atrás de erro. Vou cita-los: Em 2008 o presidente da Bolívia, Evo Morales, tomou posse das refinarias e dos poços da "Petobás" (como diz Lula). Tomou posse MESMO, sem dar explicações ou indenizações. O que o Brasil fez? Recebeu uns trocadinhos de esmola pela conivência. No Irã este ano aconteceu a maior manifestação de democracia, de vontade de mudança, que o mundo não via há muito tempo. Mulheres, crianças, adultos e idosos saíram às ruas de um regime loucamente ditatorial e opressor e lutou pelos seus direitos, quando a eleição presidencial foi fraudada. O que o Brasil disse sobre isso? Foi contra, e convidou o presidente corrupto e louco a visitar o Brasil. Poderia ter ficado calado, não poderia? Assim como ficou calado quando Fernando Lugo do Paraguai obrigou o Brasil a pagar mais pela energia de Itaipu, quando na verdade ela foi construida e é mantida com dinheiro brasileiro. E ficou calado quando Rafael Correa do Equador tomou posse dos bens da Odebrecht e prendeu no país os 4 diretores da empresa, e o governo não moveu uma palha para ajudar. O governo atual tem se mostrado a cara de Lula. Em palanque, no mês de junho, ele disse "Eu estou emprestando dinheiro para o FMI! Assim, toma aí!" O nosso presidente diz "toma aí" para o nosso dinheiro, e ficamos coniventes com isso. A última de Lula foi: "não aceitamos ultimato de governo golpista". Presidente, saiba que o golpista na verdade é o louco empoleirado da embaixada brasileira. Saiba que golpista é o louco empoleirado na presidência do Irã. Saiba que golpista é o louco empoleirado na presidência da Venezuela. Saiba que golpista é o louco empoleirado na presidência do Senado Federal.

Por favor, presidente, atente para esse fatos e tome uma providência. Antes que alguém do New York Times diga que golpista é o louco empoleirado no governo brasileiro.

01 outubro, 2009

Enem adiado, caos instalado.

Desde que se soube que o Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, seria passível de substituir o tradicional e arcaico vestibular, a tensão entre os estudantes e professores tem sido interminável. Começou aquele alvoroço: como vai ser a nova prova? O que vai mudar? Quem vai aceitar? O que eu vou perder com isso? O que eu vou ganhar? Os cursinhos, que anteriormente se pautavam em repassar ao aluno fórmulas preparadas de resolução (não todos, a maioria), se viram no desespero, afinal a nova prova fugiria de toda e qualquer fórmula que eles pudessem já ter preparado. Ela, finalmente, serviria para avaliar o quanto o aluno sabe, e não o quanto o aluno lembra ter ouvido do professor.

Pois bem, a data chegando, as preparações aumentando, e a tensão subindo. E agora, quinta-feira véspera da prova, a dita cuja foi cancelada. Um cara apareceu para uma jornalista no Estadão mostrando que teria a prova em mãos. Ela, muito esperta, fez a matéria relatando que a prova teria vazado. E o MEC, desesperado, cancelou. E agora, o que fazer?

Esses fatos geraram um grande rebuliço por parte das universidades. A USP e a UFRJ já recuaram na questão de aceitar ou não a nota do Enem. Outras, como UFF, UFBA e Unifesp se mostram indecisas se afinal vão mudar seu calendário oficial ou não. Eu particularmente não queria estar dependendo desse Enem este ano, como não estou. Toda essa transitoriedade de programação afeta muito o aluno que faz seu cronograma de estudo, tanto que esse assunto foi o mais comentado (e criticado) no Twitter hoje.

Só que convenhamos, o MEC teve suas razões em cancelar a prova. Que universidade confiaria em uma prova sabendo que foi noticiado que vazou? É justo com quem estudou pra caramba saber que alguns tiveram acesso à prova e passaram?

Bom, o fato é que o cancelamento já foi consumado, e agora alunos e professores terão mais tempo pra estudar. E terão que acumular mais tensão, afinal algumas universidades poderão cancelar a nota do Enem como vestibular. Mais um exemplo pra provar que vida de aluno pré-universitário é fogo.

21 setembro, 2009

O que eu acho sobre...

Muitas pessoas tem dúvidas sobre o que eu penso, o que eu defendo, que tipo de posição eu prefiro tomar. Bom, acho que muita gente vai discordar de muita coisa aqui, mas eu vou ser sincero nas minhas respostas. Caso não concorde, pode comentar discordando, e dizer porque. Quem sabe eu mude de idéia!


Política:
Sou de direita. Completamente.
Aborto:
Não tenho opinião formada sobre o assunto. Acho que nunca vou ter, afinal não passarei por essa experiência (não tenho útero), logo não sei o que se passa na cabeça do indivíduo numa hora como essas. Mas acho que sou a favor.
Eutanásia:
Totalmente contra.
Pesquisa/tratamento com células-tronco:
A favor.
Liberalismo econômico:
É necessário, desde que observado atentamente.
Lula:
Prefiro não comentar.
Marina Silva:
É uma boa pessoa, é uma boa política. Mas não sei se será boa presidenta.
Barack Obama:
Gosto dele, mas fiquei triste pela Hillary. Ela me pareceu mais competente.
Funk:
Gosto, sim, e daí?
Doação de órgãos:
A favor, claro! Por que não?
Globo x Record:
Embora deplorável, a programação da Globo ainda é a melhor da TV aberta.
Religiões:
São importantes, desde que não ultrapassem os limites do bom senso. Eu particularmente não sigo nenhuma em especial.
Deus:
Acredito, claro. Mas em Jesus, não.
Kanye West ter cortado o barato da Taylor Swift:
Achei bem feito. Ela não merecia aquele prêmio. Falta muito pra ela ser boa cantora.
Capitalismo:
Sou a favor sim! Eu o defendo sem nenhuma vergonha de assumir que defendo. Tenho meus argumentos.
China x EUA:
Os EUA estão abalados, mas a China ainda tem um longo caminho a percorrer pra alcança-los.
Maranhão:
Não gosto.
Brasil:
É um bom país. Mas poderia ser melhor, se não fosse alguns pontos.
Diploma de Jornalismo:
ALTAMENTE necessário.
José Sarney:
Cartão vermelho!

19 setembro, 2009

As contradições são brasileiras - não maranhenses.


Texto feito espcialmente para o JornalismoSL.


O cenário político brasileiro vem se mostrando cheio de contradições. No dia 14 de setembro, o ministro do STF Eros Grau suspendeu 77 pedidos de cassação contra governadores e prefeitos. Segundo o ministro, já que quem os empossou foi o TRE, pois o TRE que os casse. Não o STF. Muito estranho, na verdade, uma medida como essa sendo tomada por Grau, visto que quando era presidente do TSE o mesmo ministro tinha dado seu voto em favor da cassação de eleitos, mesmo que não tivessem passado pelas instâncias inferiores. Até aí, certo, mas o que isso tem a ver com a nossa distante vida cotidiana? O processo de cassação que desempossou o então governador Jackson Lago (PDT) foi julgado pelo TSE, sem passar pelo tribunal do Maranhão. E foi substituído por Roseana Sarney (DEM), que foi também empossada pelo TSE, sem passar pelo tribunal regional. Logo, com a suspensão dos processos, fica a dúvida: o processo de cassação de Lago deveria ser revisto? E Roseana deveria ser retirada do cargo que ocupa? Bom, a julgar pelo andar da carruagem, essas respostas não chegarão a tempo de vermos resultados, as eleições acontecerão ano que vem. Mas tudo isso soa muito contraditório. Pense pela lógica: quem faz o registro da candidatura de um indivíduo é o tribunal regional. Quem legaliza seu mandato e o diploma como eleito é o tribunal regional. Portanto, qualquer ação contra essa diplomação deveria ser julgada, sim, pelo tribunal regional. A lógica confere com a lógica usada por Grau em sua decisão. Então, pela lógica, o que o Tribunal Superior Eleitoral julgou, passando por cima do regional, por meio de pessoas distantes da realidade do estado em questão, é válido? Outra questão: existem 3 processos contra Roseana tramitando pelo TSE. De acordo com a decisão do ministro, estes também foram suspensos. Novos processos terão que ser abertos no TRE, portanto eu particularmente não espero que tal fato se torne concreto. Ficará, ao meu ver, no mundo das idéias. Assim como todas as outras soluções que esperamos que venham do executivo ou do legislativo - e agora também do judiciário - e nunca vem. O presidente do TSE, que também é membro do STF, ministro Carlos Ayres Britto, espera que o plenário seja logo convocado pra decidir essa questão. Outros governadores também estão no "corredor da morte", assim como Roseana. São eles Marcelo Deda (SE), Ivo Cassol (RO) e Anchieta Junior (RR). Ou seja, a situação não é só maranhense. É brasileira. Fiquemos espertos.

15 setembro, 2009

Senado aprova liberdade na internet durante as eleições


Nada como saber que ainda há um singelo bom senso entre nossos ilustres parlamentares. Eu realmente temia ter que fechar esse blog, mas, como não foi aprovada a censura, voltarei às minhas atividades corriqueiras. Ainda bem.

14 setembro, 2009

Não tem como fugir de Marina

Marina Silva é realmente um fenômeno no cenário eleitoral do momento. Há tempos eu venho tentando ignorar a presença dela, mas ela é mais forte do que eu. Nesse último dia 10, quinta-feira, houve o lançamento do programa partidário do PV, o partido para o qual Marina foi transferida do PT. Logo de cara pode-se falar que o programa é mais uma apresentação de Marina do que do partido, mas isso já era de se esperar. O que meio que surpreende, meio que confirma, é o caráter do programa. Marina falou de sua vida, mostrou onde cresceu, a situação urbana, a Amazônia, mas não ficou só atrelada à questão ambiental, que é justamente o carro-chefe de sua possível campanha. Ela tomou como gancho essa questão pra falar sobre a infra-estrutura das cidades, como por exemplo o fato de que uma péssima estrutura urbana contribui pro crescimento de favelas, que são taxa 0% em termos de qualidade de vida, além de ser um grande fardo ambiental para a cidade. No programa, Marina falou com muita clareza sobre essas questões, e isso é mais do que natural pra quem já foi ministra do meio-ambiente. Chegou até a meter medo em alguns outros indivíduozinhos espalhados pelo país: Aécio Neves no sábado falou em discurso veemente sobre a questão ambiental do seu estado, e até Dilma, a mãe do PAC, recentemente prometeu lançar o PAC Ambiental (seja lá o que diabos isso for). Em suma, a questão ambiental atrelada a Marina é clichê. Vale ressaltar realmente que, em nenhum momento do programa, Marina deixou transparecer os dedos dos seus marketeiros. Não parecia que ela seguia aquelas dicas "olha pra cá, fala assim, fala assado" que todo mundo sabe que TODO político segue ao participar de uma campanha. Marina parecia ser muito ela mesma, principalmente quando falava da sua cidade. Ela dizia coisas tipo "Ah, quando eu conheci Chico Mendes... Na época que eu era criança..." Nessa núvem de mentiras, calúnias, fraudes, falcatruas, toda essa política povoada de mesmisse, chega Marina e injeta um ar fresco, um ar mais "do povo". Marina não falou em tom de vítima, nem de ressentimento, nem de raiva. Ela aproveitou muito bem o espaço que teve. Bom, eu particularmente não vou votar em Marina, eu não acho que ela tenha agregado em si todos os conhecimentos políticos, econômicos, etc, necessários para um presidente da República. Mas isso não vem ao caso nesse texto. O que vem ao caso é que Marina provou nessa quinta que vai ser um pé no saco de Lula e de Serra. E bom, eu quero logo falar sobre ela antes que venha a censura pra me impedir. Tomara que eu ainda possa falar sobre ela mais algumas vezes antes da votação.


09 setembro, 2009

Eu preciso te falar, Curitiba

As vezes a cidade fala com a gente. É estranho pra mim que to acostumado a analisar nos detalhes a vida urbana local, a política, a sociedade, a cultura, e chegar num lugar e não conseguir fazer isso direito. Não que seja ruim, mas Curitiba parece transpor aquele clima de saudade fria, como se estivéssemos visitando um amigo que não víamos há um bom tempo, e agora não o conhecemos mais. No começo eu fiquei com o pé atrás. No dia que eu cheguei fui ao shopping com minhas roomates e quase fomos assaltados, eu quase fui atropelado, e eu tava me recuperando de uma infecção na garganta e ainda me perdi pegando ônibus por horas. Daí começou o Congresso, e aquelas palestras interesantes mas não muito confortáveis. Sabe aquela fase de adaptação de quando você vai passar um tempo na casa desse amigo? É meio chato, eu rolava na cama sem conseguir dormir, incomodado porque Curitiba tem um ar de desdém, que dá vontade de conhecer melhor. Pois bem, eu sabia que eu não ia me descepcionar com a minha velha amiga! Deu tempo pra passear, encontrar velhos amigos, conhecer novas pessoas, novos lugares. E uma, duas, três, quarto, cinco noites sem dormir, claro que tudo valendo muito a pena! Filmes, boate, show do Copacabana Club... Ah, nem tem mais o que falar, senão perde a graça da coisa. Eu até queria comentar aqui sobre as coisas que eu vi, como feiras de ação social promovidas pelo governo, transporte público com soluções muito eficientes... Mas esses assuntos podem ficar pra outra hora. Curitiba tem esse poder de nos fazer esquecer essas questões mundanas. Eu não sei se essa droga é alucinógena. Eu só sei de uma coisa: eu e Curitiba ainda temos loongas datas de amizade :P.

Beijos pro povo: Tay, Polly, Lucas, Ramiel, Boso, Will, Priscila e o Dan, que sem ele nada disso teria acontecido!


30 agosto, 2009

Cartas a Frank Lima pelo blog, parte 2

Post: O brasileiro não pesquisa sobre a vida de seu candidato antes de votar

Oi frank! nossa, muito legal esse podcast, e a locutora tem a voz ótima. Bom, eu como jornalista voltado pra política, me sinto surpreso com a negligência do povo brasileiro sobre essa questão do voto. Só pra começar o comentário, vale lembrar que inúmeras pessoas morreram, foram torturadas, foram exiladas, foram espancadas pra que o brasileiro pudesse ter esse direito de votar e o eleitor atual simplismente passa por cima disso e diz: "eu não dou a mínima para o meu voto". Segundo que o povo brasileiro tem um histórico muito antigo de esquecimento. Na república velha o voto era moeda de troca por comida, abrigo, trabalho, dentre outros. Na república pós-ditadura, foi propagada a idéia de que o Brasil teria conquistado tudo, que a democracia brasileira chegara a seu apogeu, e isso indiretamente fez o brasileiro simplismente sentar e pensar "Não tenho mais participação no que acontece no meu país. a culpa do que acontecer vai ser deles." Terceiro, que é mais do que cômodo que isso continue, afinal 90% da classe parlamentar-governamental vive disso certo? Nada mais válido do que deixar no ar a idéia de que não tem jeito, que esse é o sistema e cabe a nós faze-lo girar. O que nunca se fala é que tem, sim, jeito de fazer esse ciclo girar do lado contrário, e isso começa com o voto. Alias, começa justamente estudando o voto. O processo democrático não se centra só no ato de fazer valer a opinião, mas também de entender o contexto pra que essa decisão seja benéfica pra maioria. Vendendo seu voto, ou o jogando fora como lixo, como fazem uns e outros principalmente das áreas mais analfabetas do brasil, perde-se completamente o conceito de democracia de que tanto se fala na teoria. Onde eu quero chegar é: concordo completamente com o audio, e ainda digo que não pesquisar sobre o candidato no ato do voto não é só um malefício, mas é parte integrante de uma cadeia de tumores na consciencia da nação, e precisa-se urgentemente de uma cura pra isso, ou o Brasil vai continuar empacado politicamente.

Escrito em: 25 de Agosto de 2009 01:41

27 agosto, 2009

Cartas a Frank Lima pelo blog, parte 1

Post: Lula é culpado por várias sacanagens do Senado.

Frank, embora eu seja completamente anti-PT e anti-PMDB, eu tento ser o mais realista possível quanto à questão Lula. Lula na minha opinião não passa de um paspalho. Partindo desse princípio, ele está mais ou menos isento de algumas afirmaçoes que vc fez no seu texto. Porque eu digo isso? Bem, vc vai concordar comigo se aceitar trocar os "Lula" do seu texto por "PT". Toda essa crise se resume basicamente em uma única expressão: disputa partidária. Lula desencadeou toda essa disputa quando se elegeu: ele colocou no governo, ao seu lado, pessoas de extrema falta de caráter, de extrema falta de escrúpulos, dentre outras faltas. Lula se deixou levar completamente por essas pessoas, visto que é mais do que perceptível pra qualquer alfabetizado que ele carece de opinião e inteligência própria. Através dessas pessoas que chegaram ao poder através de Lula (quer exemplos? Dilma, Dirceu, Genoíno, e o próprio Sarney) começaram um jogo de manipulação de tal forma que começou a valer de tudo pra se aliar ao poder. Ser do partido governista (ou aliados) hoje significa ter inúmeros benefícios que fogem completamente do conceito de partido político e até mesmo de democracia. Que político minimamente ganancioso fugiria dessa oportunidade? Bem, agora, em véspera de eleição, todo esse esquema começa a dar sinais de implosão, afinal alguma parcela dessa maracutáia toda foi exposta de tal modo que compromete a perpetuação de tudo isso. E a oposição começa a botar quente pra que acabe. Enquanto isso acontece, que se lasque o povo brasileiro, que se lasque a constituição e a idéia de Estado federalista democrático. Lula, pra mim, começou como um mero figurante desse teatro, e agora foi promovido a quebra-galho.

Escrito em: 19 de Agosto de 2009 23:53

26 agosto, 2009

Só uma reflexão

Todo jardim começa com uma história de amor.
Antes que uma árvore seja plantada, ou um lago construído, é preciso que eles tenham nascido na alma.
Quem não planta jardins por dentro, não planta jardins por fora.
Nem passeia por eles.


Rubem Alves

24 agosto, 2009

O partido das dissonâncias

O PT vem cometendo gafe atrás de gafe. É compreensível que aconteçam alguns percalços com partido governista em véspera de eleição, mas há determinadas situações que a coisa dá sinais de querer degringolar de vez. Um exemplo: Aloizio Mercadante, do PT-SP, divulgou na mídia inteira e inclusive no seu Twitter que renunciaria ao Conselho de Ética e à liderança do PT no Senado. Não contente com isso, nosso presidente entra na história e o convence a desistir, fazendo com que ele negasse o próprio adjetivo que usou para caracterizar sua decisão "irrevogável". Isso só expõe o nível de fragilidade do PT no momento, que ao meu ver é extremamente notável. Um partido como o PT não poderia estar tão fragilizado assim, mas está; e a culpa é sua em grande parte. Quando nasceu, o PT era formado por vários grupos ideológicos que aceitaram se unir com o propósito de não entrar para o governo, só defender seus interesses. Defendiam salários e trabalhos justos, melhor distribuição de renda, enfim, queriam um Brasil decente. Diziam inclusive que eram rígidos, que não fariam alianças, não aceitariam acordos e fariam valer sua vontade com a verdade. Pergunto a você: como você vê o partido hoje? Bem, obviamente se perdeu por completo no meio do caminho. Com a vitória de algumas prefeituras, depois alguns governos de estados, e depois a Presidência, o PT provou do doce veneno do escorpião - e jogou pro alto a máscara de revolucionário. O partido fez inúmeros acordos, muitos ilícitos e imorais. Fez inúmeras alianças, muitas delas por baixo dos panos, e não pra fins muito dignos. Chegaram os banqueiros, os lobistas, os laranjas, os mensaleiros. E o PT se vendeu instantaneamente ao capitalismo que tanto atacou. Obviamente que isso geraria dissidentes, afinal nem todos concordavam com toda bandalheira que existia. E saíram do PT Heloísa Helena, Luciana Genro e Chico Alencar, socialistas agora no PSOL. E saíram os intelectuais também: Francisco de Oliveira, Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho. E agora os ambientalistas (lê-se Marina Silva). E o que sobrou para o PT? Sobraram os sindicalistas: Lula, Mercadante, Dilma... Esses que todos nós conhecemos. Esses que se vendem pra empresários, recebem salários gordos e formam uma espécie de "Clube do Lulinha", onde tratam o voto popular como mero arrebanhamento de gado. Em suma, esse momento é um momento único: um presidente com mais de 80% de aprovação tem um partido fragilizado que gira em torno de si. Daí vem a boa notícia: esse fato é sinal de renovação no ar. God bless a oposição.

19 agosto, 2009

Santas do pau oco

No meio de toda lambança política que o Brasil vive (e aliás, sempre viveu), recentemente começou outra disputa a la 'Dilma x Lina', só que atingindo diretamente a nós, o povo: a disputa entre Globo e Record. Primeiro, quero deixar bem claro que não vim aqui defender nem uma nem outra. O jornalismo desde muito tempo é revestido por uma série de fatores pra acontecer: fatores sociais, culturais, econômicos, empresariais... Isso não é novidade. A Record dedicou no dia 12 de agosto uma matéria de 10 minutos num jornal, tempo igual ao que a Globo usou quando falou sobre os bispos corrúptos da Universal, e atacou árduamente a rival. O fato é o que todos sabem: nem uma nem outra são santas. A Globo é líder há décadas, e isso não foi milagre de Deus ou de Nossa Senhora. É bom lembrar que nos anos 70 a Globo recebeu apoio da ditadura, que sempre teve amparo de grupos políticos, que seus dirigentes tinham alianças partidarias que "respingavam" na transmissão da emissora. Com o tempo ficou incrustrado na cabeça do brasileiro assistir a Globo (ou você não ligava primeiro nela, quando não sabia o que ia assistir?). E o outro fato é que os bispos da Universal usam, sim, meios ilícitos pra fazer o que sempre fizeram: convencer as pessoas, de todas as formas, que investir todo o seu dinheiro na Universal é uma coisa boa (pra eles). Eles usam contas em paraísos fiscais, lavam dinheiro dos fiéis em empresas-fantasmas, enxem o saco dos volúveis pra que doem mais e mais dinheiro, e sempre conseguem mais fiéis pra fazer o ciclo girar. Isso não é novidade há muito tempo. O que, ao meu ver, desencadeou toda essa tensão, é que só agora a concorrente (e por consequência os outros meios também) conseguiu material suficiente pra provar as acusações. E haja contra-ataque. A Record tem tirado leite de pedra pra atrair a atenção do espectador. Vale tudo: imitar, apelar, persuadir, trocar programação ás pressas. E haja dinheiro investido. Dinheiro que, alias, nunca se explicou direito de onde vem - mas sempre foi óbvio pra qualquer um. A Globo é tendenciosa, sim, mas isso é caracteristica inerente a qualquer grupo de comunicação grande e influente. E assim como a Record também é, e agora finge que não é. Quando, há uns 2 anos atrás, se soube que a Globo teria uma concorrente de peso, eu pensei: "bom, com maior concorrência, melhor fica a qualidade". Será? De qualquer forma, eu não troco minha tv a cabo por nada.

14 agosto, 2009

O começo do começo

Ontem a noite eu acidentalmente entrei no noticiário da UOL e um vídeo chamou minha atenção. Eram vários estudantes na porta do Senado, e dois deles gritavam estridentemente por justiça, pelo fim da impunidade, pela limpeza do Congresso, inclusive citaram nomes e fatos, fizeram o maior show na frente de toda a imprensa nacional. Logo depois foram coagidos pelos policiais legislativos e levados até uma sala de prévia detenção no Senado. Segundo o Estadão, alguns senadores presentes ainda foram socorrer os estudantes - e, quem diria!, Eduardo Suplicy incluído nesses. Depois de muito furdunço, os estudantes foram liberados e até agora nada mudou na política nacional. Infelizmente (ao meu ver) isso não causou lá grande impacto, mas surpreende e até fascina saber que tá crescendo nos estudantes esse sentimento (mais que necessário) de que o povo tem, sim, voz ativa. Eram os mesmo estudantes que alguns dias atrás tentaram entrar no Congresso com 11 pizzas simbolizando os 11 arquivamentos do Conselho de Ética e no dia foram igualmente detidos. São manifestações pequenas, isso ninguém nega. Mas que serviu de exemplo, inclusive, pra cá pro Maranhão, visto que pretendem fazer uma passeata anti-Sarney no sábado (e que eu ainda vou decidir se apareço ou não hehe. desculpa, gente, mas eu tenho aula de inglês). O fato é que não há como esconder que os estudantes tiveram participação indispensável no processo de estabelecimento da democracia no país - basta lembrar as Diretas Já! ou o movimento Caras-Pintadas contra Collor. Enquanto tudo isso, o Senado continua se dividindo cada vez mais, "tropas de choque" são formadas entre oposição e governo, mais escândalos vem à tona pelos jornais, e Dilma continua negando tudo. Marina Silva começa a se consolidar como possível candidata, Ciro Gomes aumenta suas articulaçoes pra conseguir apoio político, deputados e senadores se mobilizam pra fazer valer suas idéias, Lula cada vez mais fica em cima do muro (mas sempre acenando pra Dilma e Sarney), e o PT começa a uniformizar suas opiniões. E os aliados de Sarney continuam fazendo de tudo pra mantê-lo no poder, tá valendo até legalizar os atos secretos. Ou seja, o cenário político de 2010 está se formando, se condensando. E antes de dar parabéns a todos aqueles que cultivam essa veia revolucionária social, eu peço que fiquem atentos. Porque, pelo andar da carruagem, ainda vem muita coisa pela frente. A conferir.

11 agosto, 2009

A coisa tá feia pra 2010

É crise de Alzheimer generalizada em Brasília. Como se já não bastasse os escândalos do Congresso, vem por aí mais pataquadas governamentais, dessa vez da Casa Civil. A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira agora vive em constante bate-boca com a ministra Dilma, porque, segundo a primeira, Dilma a chamou pessoalmente para uma conversa particular e pediu que ela desse uma ajuda pra alguns amiguinhos de Dilma, como Sarney e os dirigentes da Petrobrás, sabe, corrupção pequena. Coisa pouca. Acontece que não, Lina Vieira não fez nada disso e, pelo contrário, atrapalhou os esquemas todos e acabou sendo demitida. Aí chega a mídia, e ela abre a boca, conta tudo mesmo. Resultado: Dilma Rousseff na mesma hora foi para a televisão dizer que tudo é mentira, que nada aconteceu. É um caso até interessante pra se analisar. Eu procurei e ouvi, pela internet, a entrevista de Lina e percebi que ela dava realmente muitos detalhes do dia do encontro. Ela declara inclusive a cor da roupa da ministra. Um ponto contra é que quase ninguém presenciou esse encontro, a não ser o porteiro. Bem, mas quer dizer que só por isso ele não aconteceu? A julgar pelo passado "verdadeiro" de Dilma, eu juro que prefiro não acreditar na nossa nobre petista. Só pra exemplificar: quando estorou o caso dos cartões corporativos, ela foi acusada de montar ilegalmente um dossiê contra FHC. Foi dito que ela se reuniu com vários empresários e claramente contou que juntaria, sim, um dossiê, inclusive isso foi até confirmado por vários dos presentes no encontro. Ela logo foi à mídia negar tudo. Outro exemplo: recentemente foram analisar o currículo de Dilma no banco de dados internacional, e descobriram que quase tudo era falso. Ela não tem nem mestrado, nem doutorado, nem nada assim, como tava lá escrito no currículo. Quando questionada, ela disse que não sabia de nada (olha o Influenza Lula aí) e que poderia ter sido um engano de seus assessores. Engano? Dilma já foi no programa Roda Viva, lá foi lido o currículo na frente dela (como sempre fazem) e ela nem sequer manifestou surpresa sobre alguma informação errada. E agora disse que não sabia. Bom, acredite quem quiser. Enquanto isso, Lula dispõe de mais de 70% de aprovação pública. E só crescem os rumores de que Dilma vai se eleger. É esse tipo de representante que o Brasil precisa? Bem, eu já até desisti de falar sobre isso. Parece que ninguém mais se importa, mesmo. Não é à toa que a política brasileira é vergonhosa, afinal, cada país tem o presidente que merece, certo?

08 agosto, 2009

Metáfora da política, Parte 1

Recentemente eu li na National Geographic que certos físicos conseguiram aumentar a velocidade da luz. Eles passaram um jato de luz por um feixe de átomos de Césio, e descobriram que a luz passa tão rápido que parece que chegou antes de sair. Ou que sumiu no meio do caminho, e subitamente reapareceu do outro lado. Ou seja, a luz no Césio é mais rápida que no vácuo. Aqui no Brasil, dá pra trocar o feixe de luz por "escândalos" e medir a velocidade com que somem, dependendo do meio. Alguns vem e terminam antes de começar. Outros somem mas voltam, e exigem explicação. A diferença no Brasil é que no fim, tudo termina do mesmo jeito - em pizza, em nada, em marmelada, ou qualquer outra conotação regional que seja. Misteriosamente no Brasil, o meio o absorve, desvia, engaveta e mata o feixe de luz. Ou se perde em meio a um bolo de interesses, polícia conivente e "imprensa amiga" ou se desintegra pelos interesses contraditórios, polícia ativa e imprensa, bem... não tão amiga. A constante da equação é que, no final, tudo se iguala a zero. Talvez tenha alguma explicação pra essa distância entre crime e castigo, fato para efeito. Como jornalista, eu preciso defender: não é o meio. É esse vácuo moral que todos nós - nós, sim - estamos acostumados a viver, com essa impunidade acumulada e mantida cinicamente por quem escolhemos para manter. Bom, sinceramente, chegamos a um ponto em que uma investigação chegar ao final ou uma punição ser aplicada severamente soa pra nós um pouco meio... sobrenatural.

05 agosto, 2009

O velho Sarney de sempre

Nesse dia 5 de Agosto, Sarney chegou à tribuna do senado trêmulo e nervoso, e discursou como sempre fez: com ar de surpreso como se todas aquelas acusações arduamente ouvidas pela mídia fossem coisa de outro mundo. E ainda fez questão de frisar que não entendia porque tanta tempestade sobre sua pessoa. E qual é a novidade, afinal? Ele só fez o que sempre fez durante toda a sua vida política. Sarney elegeu-se pela primeira vez pelo PSD na década de 50. Quando a coisa ficou feia pra ele, mudou para a UDN e, durante a ditadura, pra Arena (partido dos militares), onde ficou até o fim de seu mandato presidencial, e em seguida se bandeou pro PMDB, que entrava em ascenção social. Durante toda essa trajetória (que ele diz ser uma épica trajetória de vida, ou, como ele diz, "memorável") Sarney sempre foi "memorável" justamente por tudo que hoje é notável: ser coronel, ser dupla-face, uso de dinheiro público de forma errada, abuso de poder... E por aí vai, o que todo mundo já sabe. Alías, corrigindo: todo mundo não; incrívelmente o Amapá pegou a Sindrome de Lula ("não sei de nada", "não vejo nada"). Pior pra eles, e pra nós, que temos que aguenta-lo no poder. O que é engraçado é que passou-se a cobrar tudo isso de Sarney como se ele fosse o primeiro - ou como se fosse a primeira vez que ele comete esses abusos. Sarney é o velho coronel que sempre defendeu a ditadura. Foi incrívelmente xingado de ladrão e incompetente por Collor e Lula, durante as camapnhas eleitorais. Depois, com Itamar Franco, ele decidiu ser a favor de todos os presidentes, e assim o faz desde então. Fora isso, tem dedicado seu resto de vida política a construir as dos filhos -diga-se de passagem: pior pra nós. Decidiu também imortalizar-se em um monumento público. (Oh, que surpresa. Tinha que ser.) Em resumo, o bom e velho Sarney de sempre. As novas gerações deveriam acordar pra esse fato: o velho Sarney não mudou em nada. Pelo contrário, ele sim deveria atentar pro fato de que os tempos mudaram. Blogs, twitter, sites, jornais online, tudo isso impede que ele abafe os casos criminais como sempre fez. Será essa a razão de ele subir numa tribuna tão nervoso como o fez hoje? Bem, é melhor ele abrir o olho. Uma hora vem um cometa e acaba até com o último dinossauro ainda vivo na política brasileira.

16 julho, 2009

Harry Potter e Nenhum Enigma do Príncipe

Quando chega algum novo lançamento de Harry Potter, vem aquela sensação de "meu deus, eu já comentei tudo que poderia comentar sobre isso, e agora?". Bom, surpresa: HP6 dá grande material pra fazer bons comentários. A princípio, eu quero deixar bem claro que adorei o filme. Adorei o modo sombrio, lúgubre com que a fotografia do filme foi feita, um tom de mistério, de inquietação. A grande sacada desse episódio da série é dar à história um clima mais adulto. Finalmente conseguiu-se que Harry Potter desse o seu grito de independência e que deixasse de ter aquela cara de "adaptação para o cinema", para incorporar um caráter muito mais "cinema" propriamente dito. Os personagens começam a ficar mais complexos, a história começa (finalmente) a ter um enredo mais dinâmico, mais implícito nas falas, nas atitudes dos personagens. É, na minha opinião, o primeiro filme da série que se aguenta sozinho como uma obra cinematográfica, por mais que precisa-se saber da história previamente. Foi, sem dúvida, um dos melhores da série até então. Isso se deu principalmente pela chegada do diretor David Yiates à série. Ele vem de uma vasta experiência na televisão inglesa, com séries ÓTIMAS como Sextraffic e A Garota do Café, e ele tem a capacidade de passar uma gravidade, um peso á cena. Isso é um ponto extremamente positivo e inovador em se tratando de Harry Potter. Mas aí é que entra o "mas". Ahhhhh, sempre tem um "mas". Confissão: eu fico extremamente revoltado vendo Harry Potter porque há erros ÓBVIOS e BRUTAIS que parece que passam imperceptíveis aos olhos de todos os diretores. "E o que isso tem a ver com o passado do David Yiates?", você pergunta. Muita coisa! Esse anseio do David por fazer cenas carregadas, ardentes de presságios, foi totalmente castrada no 5º filme da série justamente pelo egocentrismo dos produtores, que sempre manipulam o rumo que o episódio deve tomar, e há tempos vinham tentando dar esse caráter de divisão cinema/livro para o Harry Potter, mas não conseguiam. No 5º episódio, acharam que o David conseguiria fazer isso e entregaram a ele a direção, mas continuaram dando pitaco ao decorrer do filme. Já nesse, os produtores decidiram dar a liberdade que o David precisava para transformar a série do jeito que ele queria. Porém, o filme voltou a cometer duas gafes que vem se repetindo desde o 3º episódio: parece que omitem partes do livro nos filmes, e deixam essas partes simplismente sem nenhuma explicação. Resultado: há certos acontecimentos que ficam sem nenhuma razão, como por exemplo a trama do Enigma do Principe, que dá nome ao filme. Ela sofreu alguns cortes pra dar mais espaço a outras tramas do livro, e foi simplismente ignorada no final. Eu saí completamente sem entender o que tanto então era esse Enigma, já que, PASMEM, não teve enigma nenhum. Esse detalhe foi simplismente negligenciado. Outra gafe básica da série são os finais inacreditavelmente inesperados. Não no bom sentido. Eu falo no sentido de você estar esperando ansioso por algo, e de repente o filme acaba e você fica "nossa... que broxante". Não sei porque desde o HP4 eu tenho essa sensação, mas eu espero que passe nos próximos filmes. No mais, o filme merece, sim, seu crédito. Eu até chego a dizer que a partir daqui a série começa a ter um apecto mais "Senhor dos Anéis", e olha que isso é um TREMENDO elogio. E uma novidade em primeira mão: devido ao grande resultado positivo que o David Yiates trouxe ao HP, ele foi incubido de dirigir o próximo episódio, que dividirá o 7º livro em dois. Ou seja, serão 7 livros e 8 filmes. Se continuar no mesmo ritmo, eu aposto bastante que os próximos episódios enfim alcançarão o resultado que Harry Potter merece.
Estrelinhas de ouro para: os efeitos especiais de Harry Potter; o Michael Gambon, que aparece mais que todo mundo no filme e realmente dá um show de interpretação; a trilha sonora, que começou perfeita nos episódios 1 e 2, mas que nos outros tava realmente uma droga, voltou a seu estado inicial de qualidade.

07 julho, 2009

Pondo o Jornalismo na prática


Valesca Popozuda arrebitou bumbum com fios de ouro, diz jornal.


***

Responda depressa: qual o melhor comentário sobre a notícia acima?

a) Tem gente que não sabe onde enfia o dinheiro. Aliás, sabe.

b) Fala a verdade, economista: essa de aplicar ouro na poupança nem você conhecia, né?

c) Agora, literalmente, se derreter, dá um anel.



01 julho, 2009

Clipes, Comerciais, Cavalos e Cretinisse.

É, eu concordo com alguns comentários que recebi via msn. Falar de política e sociedade toda hora cansa. Então, eis que meu novo post falará sobre algo que com certeza vão me xingar por isso hehehe. Eu andei assistindo uns clipes muito detalhadamente e percebi umas coisas que queria compartilhar com o pessoal que vem aqui no meu humilde blog. Vo tentar ser breve nos meus comentários:

Radar - Britney Spears
Eu, que esperei tanto por esse clipe (desde Blackout) realmente fiquei descepcionado. Não que o clipe não esteja bom! Quer dizer, realmente não tá bom, mas tem lá suas qualidades. Eu que sou ÁRDUO fã da Britta posso dizer com total segurança: é o pior clipe dela desde Anticipating(alguém conhece esse?). Ela tá linda, o cenário tá lindo, a idéia do clipe foi ótima. Mas po, convenhamos que cavalos e Cricket não combinam com a música! Radar merecia um clipe altamente colorido, sexy, cheio de movimento e etc e tal. Além do mais, a história do clipe 1) é fraquinha, 2) é clichê, 3) é confusa, pq eu tenho certeza que quase ngm sacou de primeira qual é o grande lance do clipe. Bom, eu entendi o seguinte: ela começou "namorando" um cara, que encheu ela de presentes, mas na verdade ela tava afim de outro, que tava no radar dela, e acabou fugindo depois com esse cara. Acertei? Se não, bem, paciência...

Hush Hush - Pussycat Dolls
Campari? Nokia? HP? Num clipe das PCD? Como assim, po? Elas tão pobres ou o q? Sinceramente eu acho ridículo que uma banda do porte das PCD aceite fazer propaganda barata e DESCARADA num clipe que tinha tudo pra ser perfeito como Hush Hush, se não fosse aquele começo nada-a-ver na banheira e essas propagandas idiotas. Graças a deus a Britney nunca precisou fazer propaganda descarada nos clipes. Olha, já é a segunda vez que isso acontece! Em Jai Ho, DO NADA a louca loira lá pega um celular nokia e começa a filmar a dança... Pra que? Pra nada! aff. AFFÃO. Bom, mas fora esse estresse, sim, eu gostei de Hush Hush. Achei bacana a ideia de um clipe em Remix com outra música. Pelo menos nisso elas acertaram! :P

Papparazzi - Lady (C)Gaga
Sem dúvida é o melhor dos 3 clipes. A Lady Caga tem aquela mania de ser bizarra, de botar coisas estranhas no clipe dela, mas ela (pela primeira vez) conseguiu dosar bem as medidas e fazer um video notavelmente relevante. Vejam bem: eu digo 'relevante', porque todos os outros clipes dela foram só uma forma dela aparecer na MTV e vender cds, afinal, MTV não é uma rádio, né? Bom, todo mundo sabe que eu nao sou nem um pouco simpatizante da Lady Gaga, mas dessa vez vou dar crédito a ela. O clipe ficou bem original, o começo do clipe (quando ela tá com aquele cara e ele joga ela da sacada), aquilo foi bem criativo, muito bem feito. A música não ajuda né, ela tentando balbuciar "papparazzi" chega a ser irritante em algumas horas, mas quem caga? Se o clipe for de qualidade, a música pode ser a merda que for.

O vídeoclipe tem esse poder, e na verdade esa é a principal função dele: dar um rosto á música. Não é só pra fazer graça que as (realmente) cantoras como Madonna, Christina, Britney, Mariah, investem MUITO dinheiro em bons produtores e diretores. Pena que até esses agora tão se deixando corromper pela mediocridade. Pobre nova geração...

22 junho, 2009

O que é política, mesmo?

O filho fala para o pai:

- Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola,
posso te fazer uma pergunta?

- Claro meu filho. Qual é a pergunta?

- O que é Política, pai?

- Bem, vou usar a nossa casa como exemplo. Sou eu quem traz dinheiro para casa, então sou o "Capitalismo". Sua mãe administra (gasta!) o dinheiro, então ela é o "Governo". Como nós cuidamos das suas necessidades, então você é o "Povo". A empregada é a "Classe trabalhadora", e seu irmão nenê é "O Futuro". Entendeu, meu filho"?

- Mais ou menos, pai. Vou pensar...

- Naquela noite, acordado pelo choro do irmão nenê, o menino foi ver o que tinha de errado. Descobriu que o nenê tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e a sua mãe estava num sono muito pesado. Então, foi ao quarto da empregada e viu, através da fechadura, o pai na cama com a empregada. Como os dois nem percebiam as batidas que o menino dava na porta, ele voltou pro quarto e dormiu.

Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou pro pai:

- Pai, agora acho que entendi o que é Política!

- Ótimo, filho! Então me explica nas suas palavras...

- Bom, pai, enquanto o Capitalismo fode a Classe Trabalhadora, o Governo dorme profundamente. O povo é totalmente ignorado e o Futuro está todo cagado!

21 junho, 2009

[Adult Swim]

Hoje eu vim esculhambar. Aha há. Aha há.
E ninguém vai escapar. Aha há. Aha há.

Gisele Büdchen (o trema caiu no nome dela também?), eu a invejo. Como bem falou José Simão na Folha de São Paulo, a Gisele é invejável não pela beleza, fama ou conta bancária (é, por essa, até que sim). O que mais dá raiva quando se olha pra ela é que a gente olha aquela barriga e pensa: "ela tranza sem encolher a barriga. Preciso de uma dieta." Além de tudo, o Ministério da Saúde adverte: Gisele não contém glúteo, só peito. O fato é que Gisele desfilou semana passada do lado de Jesus Luz. Fala serio, ele tem cara de ser muito egocêntrico, daqueles que usa uma camisa "Jesus te ama". Bom, meu filho, Jesus me ama mas eu prefiro a Madonna. E ele ficou mesmo famoso né? Será que tá mais famoso que o original? hehehe. Talvez pq ainda pouco eu li que rola na internet um boato, de o nome verdadeiro dele ser: Jesus Pinto da Luz. Já deu pra imaginar a Madonna falando "Jesus! Que Pinto!". Jesus ressucitou no Fashion Week, desfilando pra Dolcce & Gabbana. Bem que minha amiga que tava lá ouviu umas meninas e bibas gritando "Eu vi Jesus! Eu vi Jesus!". Hauhauha. Piada social é o que há.
Pra encerrar, citação de Sarney: "A crise não é minha, é do senado!" Hahaha. Perdeu uma chance de ficar calado. Tradução: "A crise não é da merda, é da privada." Essa política, essa sociedade, essa obesidade... será que tá chegando ao extremo? hehehe. Hora de pingar o meu colírio alucinógeno.


Só esclarecendo uma coisa: toda hora vem alguém me perguntar se eu vou desistir do Jornalismo, se eu não vou mais receber diploma. Vou sim. E pra quem pensa que vai se livrar de mim assim tão facilmente, digo outra coisa: pra ser jornalista, não é mais preciso ter diploma, mas ainda é preciso ter formação, conhecimento e cultura. (Que fique claro que eu tiro o Maranhão desse contexto, afinal... bem... afinal.) Isso é tudo. Por enquanto.

15 junho, 2009

A 'cara-de-paulisse' a ponto de se tornar piada.

Alguém pode por favor me dizer onde foi parar a vergonha dos políticos? Porque a cada dia que passa, a coisa vai ficando cada vez mais preta. Nem sei se é certo eu dizer "mais preta", e sim "mais descarada." Só pra citar um exemplo: há umas semanas (ou dias?) atrás, o senador José Sarney alegou que não sabia que todo mês eram depositados quase 4 mil reais, em sua conta, de auxilio-moradia. Detalhe: o senador reside na morada oficial do presidente do Senado, e tem até o poder (que teoricamente não era pra ter) de mandar tropas do exercito como seguranças pra sua residência particular em São Luis (peraê, ele não é senador pelo Amapá?). É o tipo da coisa que a pessoa olha e se pergunta se eles tem a mínima noção do que tão dizendo. É como se a Amy Winehouse aparecesse na Oprah falando "desculpem, eu não sabia que o que eu tava cheirando era cocaína." Me poupe, né, senador? Sinceramente, eu não fico mais indignado com esse tipo de situação. Já chegou ao ponto de ser corriqueiro, por exemplo, a senadora Roseana chamar os amigos maranhenses pra viajar pelo Brasil com tudo pago pelo dinheiro público. Bom, ela se desculpou publicamente. Mas devolveu o dinheiro? ÓBVIO que não. Pensam que acabou? Pois o nobre senador também não sabia que sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges, filha de um dos irmãos de Marly Sarney, foi contratada em 2003 pra um cargo de confiança do senado por um salário de 4,3 mil reais! DETAAAALHE: ela mora em Campo Grande (MS), mais de mil km de Brasília. Pode uma coisa dessas? Eu seriamente não tenho mais como descrever esse tipo de coisa. A imagem que eu vou publicizar abaixo diz muita coisa sobre tudo isso. Tudo bem, eu tenho que admitir que é meio dificil entrar na minha cabeça que a democracia é a melhor forma de governo que existe mas, já que existe, custa segui-la nos seus princípios básicos, ou seja, a ética? A Ética, segundo Einsten, é uma instituição completamente humana, sem nenhuma interferência corporal ou biológica. Isso só me leva a crer que quem está comandando nosso país é de tal maneira animalesca, que chega a assustar. Eu queria muito que pelo menos 1 quinto dos maleficiados por tudo isso acordassem pra essa realidade. Mas não podem, sabem pq? Pq esses maleficiados são justamente os manipulados por esse sistema hipócrita, que mantem os pobres pensando que estão se tornando menos pobres financeiramente, mas o seu senso crítico político, esse sim, cada dia fica mais pobre. O brasileiro, na real, não é um povo lá dos melhores pra lidar com a política. Por essas e outras, esse tipo de notícia não me é surpresa. O que será que resta pra mim? Aceitar? Ou reclamar? Acho que ser jornalista, talvez...

08 junho, 2009

Sem título. A imagem diz tudo.


Legenda:
1- Por favor, não use clipes para pregar papeis no painel.
2 - Por favor, não use aspas para dar ênfase.


HAIUHAUAUAIUHAUH. Ri mto disso!


Eu to postando isso aqui hoje porque quando eu tava indo ao banco, de manhã, eu passei em frente ao Monumental Shopping, aqui perto de casa. Quando eu li no outdoor ENORME em frente ao shopping, tinha escrito "Monumental, Onde Tudo Aconteçe." Dá pra imaginar o susto que eu tomei né? Pow, pelamordideus, uma pequena busca no google resolveria o pobrema desse infiliz que escreveu uma barbaridade dessas. Cara, isso é matéria de maternal! É, eu to me roendo pra comentar que isso é culpa do ensino furreca do Maranhão, mas eu tenho que admitir que gafes desse tipo são cometidas a todo instante, em vários lugares do mundo. E um exemplo disso é essa foto acima hehehe. Mas por favor, eu peço, prestem mais atenção ao que andam escrevendo por aí, ok?
Fikdik. hahahaha.

28 maio, 2009

Agora que eu passei no Detran...

Eu vou chegar em casa, quebrar a TV e gritar "NINGUÉM RECLAMA, QUEM MANDA AQUI SOU EU!"
Eu vou sair pelo Nordeste viajando com o carro por todas as praias e surfando até em poça de lama.
Eu vou pagar uma babá pra me dar comida na boca e trazer pinico preu num ter que sair do banco.
Eu vou aprender a xingar em Alemão, Japonês e Inglês.
Eu vou aprender a tocar violão, baixo, bateria e gaita pra gravar num cd pra ouvir no carro.
Eu vou dormir tarde e acordar tarde, dormir cedo e acordar tarde, não dormir e passar três dias acordado dirigindo.
Eu vou beber dois barris de chopp, três garrafas de vinho, 1 grade de cerveja e 2 litros do uísque mais caro do super-mercado e não to nem aí pra lei seca.
Eu vou fazer uma camisa com letras garrafais "EU SOU FODA" e usá-la quando for mandar cada um que disse que eu não passaria "tomar no cú"!
Eu vou chegar pro primeiro guarda de trânsito que encontrar na rua e mandá-lo pruma porra, e se ele achar ruim eu digo logo: "Você sabe com quem você tá falando? EU PASSEI NO DETRAN!"

AHAHAHA.

25 maio, 2009

Vergonha Social Alheia

Fala serio, o titulo diz muita coisa! Esses dias eu tava pesquisando aqui umas músicas novas em sites de música no google e tal, e sabe o que eu achei umas 6 vezes? aquela Stéfhany lá. Caraca, ela estragou muito a música da Vanessa Carlton! E o pior de tudo: ela ainda fez sucesso com isso! Eu juro que senti vergonha por ela quando, há uns dias atrás, eu tava passando os canais no sábado a tarde e me deparei com um programa de um gordo retardado na Record (ou era band?) e lá tava ela sentada sendo entrevistada, junto com outros inexpressivos culturais. Poxa, tudo bem que a cultura de massa usa a ridicularidade das pessoas para fins lucrativos mas não deveria ser tão acentuado assim. Primeiro que ela nem é bonita, nem tem carisma, muito menos sabe cantar o mínimo que seja, e ainda se acha! Podem me xingar de egocêntrico e etnocêntrico, porque eu sou mesmo! Não é que eu acho isso bonito, é que eu não acho que a degradação cultural seja bonita, e Priscila (a criadora do título desse post) concorda comigo que tá num nível extremo! Daqui a pouco vão fazer uma ópera toda em funk e pagode! Bem, talvez eu queira ver isso um dia... hehehe O fato é que as vezes eu sinto vergonha social dos outros. Como eu senti (e quase infartei) quando ouvi  aquela afro-descendente Solange cantanto "Ianuôu"  no Big Brother (alguem sabe o que ela tá fazendo hoje em dia? se matando no silicone, talvez?) Pois é, é esse o ponto em que eu pretendo chegar. Mas eu não posso fazer nada né, afinal jajá a infeliz da Stéfani vai gravar um cd, fazer shows em micaretas por aí pelo país (a Cláudia Leitte vive cantando ser linda e aboluta, sabiam?) e eu vou continuar aqui ficando cada vez mais castanho, liso do bolso e chato =P Alguém quer me ajudar a compor um funk? Ou uma música gospel? Eu queria ter meus 15 minutos de fama também... 
ah, sim! Teresina não é tão quente quanto me falaram. Pelo menos não agora.
taí a tosquisse-mor do mundo:





Beijão pra todos ;*

13 maio, 2009

Teresina: now or never.

Aqui vou eu pra teresina. É, eu vou fazer estágio pro inferno lá. Caraca mas é tão quente assim? poxa, isso até me deprime, eu odeio calor... mas seja o que deus quiser! hehehehe eu sei que ele nao vai querer que eu sofra tanto assim ;) bom, entao, no proximo post, eu conto pra vcs tudo que eu  descobri/vi/vivi/achei/fucei/xinguei/maroquei lá! 
tá?

beijo pra todos :*

03 maio, 2009

Jornalista pode ser diretor de cinema?

Eu sei que eu xingo e falo bem mal de muita coisa aqui no blog, mas hoje, depois de assistir Wolverine, eu fiquei com tanto bom humor que vou elogiar, hehe. Eu sou um fã bem antigo da série X-Men, não só pq eu gostava dos quadrinhos, mas também pq foi uma das poucas séries adaptadas pro cinema até agora que conseguiram mudar sem perder o foco da coisa (como Quarteto Fantástico, que chega a beirar o ridículo). Os filmes de X-Men tem uma coisa que os outros não tem: eles fazem com que os efeitos especias do filme sejam realmente necessários. Não sei se vocês notaram, mas hoje efeito especial é bilheteria quase garantida, passando por cima de todo o resto do filme (quer uma prova? pode perceber: os trailers não mostram mais a história do filme, mostram os efeitos especiais que tem, como se dissessem "gastamos muito dinheiro, por favor nos reembolsem". Prova disso é Hancook.). X-Men nos mostrou (mais uma vez) que o roteiro, as tramas, os personagens, tudo isso tá acima do sensacionalismo que o cinema criou em volta da ação, das lutas com sangue e de coisas grandiosas virando pó. Mas "Wolverine" poderia ter ficado muito melhor, se não fosse essa porra de arrogância dos produtores! Vou explicar: o produtor, David Benioff, firmou contrato com o diretor Gavin Hood pra que fizessem juntos o filme. Na hora de botar a mão na massa, o Gavin Hood quis fazer um filme mais sombrio, estilo Batman. Já o David achou que isso era furada e praticamente obrigou o Gavin Hood a fazer o filme de um jeito mais heroico, mais "super-man". Quando chegou no meio das filmagens, o produtor percebeu que o filme não sairia tão bom como ele pensava e acabou deixando o diretor fazer do jeito sombrio que quizesse. Resultado: é como se no meio do filme, do nada, os personagens ficassem com um ar misterioso que dura até o final do filme, e o expectador sente isso mas não consegue explicar. No sentido narrativo, não tem falhas, mas no sentido emocional, eu achei que houve essa quebra de continuidade, e comprometeu um pouco da emoção que o filme queria passar. No mais, tudo foi perfeito, as histórias todas se encaixam, tudo legal, Parabens Gavin, essa idéia merece mais um Oscar! (ele já ganhou um por Infancia Roubada).
É por essas e outras que as vezes eu penso em desistir da carreira jornalística e investir na carreira de cineastra. Não sei se eu levo lá muito jeito pra coisa, mas o toque de surrealismo real que o cinema dá nas obras é muito impressionante, como em (anotem esse nome) "Ele não tá tão afim de você", em que eles tranformaram um livro de autoajuda (o que? autoajuda? O.O) em um filme, ao meu ver, impar nos ultimos tempos. Eu que adoro comédia romântica, fiquei besta em como esse gênero tem capacidade pra prosperar assim como os outros, e não o faz não sei nem porque! Realmente quero trabalhar com isso um dia. Afinal, quem não gosta de um bom filme né? Mas tudo no seu tempo... deixa que, por enquanto, eu fico ainda querendo viajar pelo mundo... depois, quem sabe eu pare lá por L.A. e fique. ;)

OBSERVÊICHION:
Rennis, tu perdeu o filme meeesmo. :)