01 outubro, 2009

Enem adiado, caos instalado.

Desde que se soube que o Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, seria passível de substituir o tradicional e arcaico vestibular, a tensão entre os estudantes e professores tem sido interminável. Começou aquele alvoroço: como vai ser a nova prova? O que vai mudar? Quem vai aceitar? O que eu vou perder com isso? O que eu vou ganhar? Os cursinhos, que anteriormente se pautavam em repassar ao aluno fórmulas preparadas de resolução (não todos, a maioria), se viram no desespero, afinal a nova prova fugiria de toda e qualquer fórmula que eles pudessem já ter preparado. Ela, finalmente, serviria para avaliar o quanto o aluno sabe, e não o quanto o aluno lembra ter ouvido do professor.

Pois bem, a data chegando, as preparações aumentando, e a tensão subindo. E agora, quinta-feira véspera da prova, a dita cuja foi cancelada. Um cara apareceu para uma jornalista no Estadão mostrando que teria a prova em mãos. Ela, muito esperta, fez a matéria relatando que a prova teria vazado. E o MEC, desesperado, cancelou. E agora, o que fazer?

Esses fatos geraram um grande rebuliço por parte das universidades. A USP e a UFRJ já recuaram na questão de aceitar ou não a nota do Enem. Outras, como UFF, UFBA e Unifesp se mostram indecisas se afinal vão mudar seu calendário oficial ou não. Eu particularmente não queria estar dependendo desse Enem este ano, como não estou. Toda essa transitoriedade de programação afeta muito o aluno que faz seu cronograma de estudo, tanto que esse assunto foi o mais comentado (e criticado) no Twitter hoje.

Só que convenhamos, o MEC teve suas razões em cancelar a prova. Que universidade confiaria em uma prova sabendo que foi noticiado que vazou? É justo com quem estudou pra caramba saber que alguns tiveram acesso à prova e passaram?

Bom, o fato é que o cancelamento já foi consumado, e agora alunos e professores terão mais tempo pra estudar. E terão que acumular mais tensão, afinal algumas universidades poderão cancelar a nota do Enem como vestibular. Mais um exemplo pra provar que vida de aluno pré-universitário é fogo.

Um comentário:

Cristiano Contreiras disse...

Só sei que muita gente que conheço desistiu de fazer, será que o ENEM perderá a credibilidade com esse ocorrido?

Daniel, seu espaço é ótimo, mais uma vez parabenizo! Abraço, colega jornalista.

e vamos continuar o contato!