28 março, 2009

Sou contra as cotas SIM! Repito e explico.

Tudo bem para aqueles que disseram que meu post é carregado de preconceitos e “no grito”. Talvez até seja, sim, carregado de "pré-conceitos". O que venho esclarecer é que minhas argumentações se firmam em fatos observados. O programa de cotas pode ser considerado ilegal e fere o artigo 5º da Constituição Federal que diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. A justiça compensatória, base ideológica das cotas, só se justifica se a compensação oferecida (no caso, as cotas) altere palpavelmente a situação. Então essa compensação tem que ser na medida exata para equilibrar as partes, ou seja, a que recebe a compensação (negros) e a aquela a qual se buscou equilibrar (os brancos). Resumindo: brancos e negros têm que ficar iguais, sem exagero em nenhuma das partes, sob pena de desigualarem-se novamente. Só assim haveria justiça na adoção das cotas. Quanto à escola pública, a proposta do programa é boa, mas a forma como ele é aplicado nem tanto. Pra fazer com que os alunos não desistam da escola, os professores são induzidos a não permitir que o aluno seja reprovado, mesmo que não esteja apto pra cursar as matérias do ano seguinte. Além disso, os alunos atrasados dois ou mais anos em relação à série em que deveriam estar tem uma ajudinha do conselho escolar para subir algumas turmas sem nem mesmo cursada-las. Sendo assim, o medo de que o ensino superior pioraria é justificável. Aqueles que participaram do programa desde 1997 já têm idade para prestar o vestibular e usar as cotas para escola pública. Esses alunos que passaram de ano para maquiar as estatísticas do governo não estão preparados para receber uma educação superior. E não estão preparados não só porque receberam uma aprovação mentirosa durante toda a vida, mas sim porque não estão capacitados para acompanhar o ritmo de uma universidade pública de qualidade. Dessa maneira, vai acontecer o mesmo: aqueles que não conseguirem dançar conforme a música serão reprovados, desestimulados e desistirão da faculdade. Se a universidade resolver se adequar ao nível de seus novos alunos, então o nível de seus formandos vai cair. O governo não está preocupado com isso, porque a intenção não é educar com qualidade e sim, adequar-se aos parâmetros mundiais, tomando atitudes que levantem a moral do Brasil a qualquer preço. Com medidas paliativas o problema nunca será resolvido, só protelado. Professora Marla Rodrigues concorda comigo e me inspirou a formar essa opinião. Isso é tudo.


The Pleasure.

[...]


2 comentários:

JoJo Lobato disse...

Minha opinião é um pouco diferente da sua, mas concordo em certos pontos com você.
Essa medida é paliativa... e não pode durar muito tempo. Outras medidas devem ser tomadas. Mas te acho muito radical hehehe.
Comentei no meu post novo sobre o assunto que voce propos, ve la

abracos

gabi disse...

oi, estou sendo vela nesse minuto