04 março, 2010

Estou de volta

Até que eu tentei. Mas sabia que eu não conseguiria ficar fora daqui por muito tempo. Tem uma tonelada de questões e raivas que andam afligindo a moral brasileira - não note minha prepotência - e eu preciso descarregar parte desse acúmulo aqui nesse cesto de roupa suja virtual. Voltarei também a postar frequentemente, prometo. Desta vez, como há muito o que dizer, dividirei meus assuntos em tópicos.

Serra x Dilma
Não consigo entender porque o tucanato não define logo o jogo para o obviamente candidato José Serra. Sou de opinião que é certo o que ele defende: um político lançar-se candidato à mais de 6 meses de distância do período corrento de lançamento da candidatura resulta em uma exposição excessiva, que é negativa para a futura campanha e para a imagem pública do candidato. À exemplo disso está aí Marina Silva, que, já tão exposta desde antes de sua candidatura, agora se vê constantemente em saias justas, com as quais não se preveniu moralmente e informacionalmente o suficiente para lidar, e volta e meia perde um eleitor por conta delas. Mas há assuntos que Serra poderia - e DEVERIA - abordar, mas não aborda. Política externa é um exemplo. Política de juros é outro exemplo. São assuntos que desde já, mesmo querendo não se lançar candidato cedo, mas já deve começar a abordar com os eleitores, para que eles se sintam confortados. Esse, na verdade, é o sentimento que eu, provável eleitor de Serra, sinto ao assistir os telejornais políticos. É desconfortável não ter segurança em quem se está querendo apoiar. Ao menos depois, quando Serra despencar nas pesquisas, não terá do que reclamar.

Cinema Internacional



Tenho visto muito poucos clichês cinematográficos ultimamente. É um bom sinal. Lembro que até o ano passado as salas de cinema eram devastadas por filmes gritantemente comerciais e emburrecidos, chegando até a ser chateador pensar que um cartaz tenta passar a idéia de um filme interessante, quando na verdade é mais um enlatado de Hollywood. Muitos filmes produzidos a esse modo se tornaram interessantes por percepção dos diretores. Mas a grande maioria não teve a mesma sorte, e por isso vaga no limbo dos filmes ignorados nas locadoras. Contrariando essa realidade, foram animadoras as opçoes que encontrei ao ir ao cinema na semana passada. Não optei pela melhor das opções. Assisti Simplesmente Complicado, com Merryl Streep e Steve Martin. Mas a história foi interessante, o enredo foi interessante, e os atores foram brilhantes. Até a trilha sonora foi boa. Entrei no filme com a menor fila da hora, pensando estar me submetendo a certas horas de tortura, mas levei um soco moral da diretora durante o filme. De quebra, ela ainda quebrou os paradigmas preconceituosos que eu carregava, de que o filme dirigido por ela seria melodramático e aborrecedor. Até que não. Agora sim posso dizer que vou assistir ao Oscar sem ter como objetivo principal pegar no sono depois de um dia de farra.

Um comentário:

Rafael Pinheiro disse...

oi! O blog ficou ótimo. fazia tempo que eu não visitava. gostei o novo layout. parabéns!